Por: Cristofer Mattos
Há algo nesta temporada que está por virar decreto para o Grêmio:
jogar fora de casa não é sinônimo de vitórias.
Foram apenas duas em todo
o ano: sobre o Fluminense, na Libertadores e Pelotas, no Gauchão, lá no
longínquo mês de março.
A de ontem foi a terceira no Campeonato
Brasileiro.
Os 2 a 0 sofridos em semana Gre-Nal somados a lesão muscular
de Zé Roberto – que não deve sequer participar de seu julgamento hoje
no Rio de Janeiro e retornar a Porto Alegre para iniciar tratamento –
criam um ambiente dos piores para o tricolor.
Pior ainda, o time perde
nova chance de entrar no G4.
O primeiro tempo foi de um
meio-campo mais lotado que ônibus às 18 horas, que loja em véspera de
Natal ou Free Way em véspera de Carnaval.
O time do Grêmio estava bem
compactado, marcação bem encaixada.
Nada mal para um técnico que é
considerado por muitos limitado taticamente.
O problema do time de
Renato Portaluppi é que fez apenas a primeira parte correta: marcar.
Faltou a transição para o ataque.
Lento, o time ficou sem saída,
encaixotado.
O time não chutou uma única bola para o gol.
Foi castigado.
Quando o relógio marcava a idade de Cristo, Guerrero fintou Bressan na
entrada da área e chutou forte e cruzado.
Dida defendeu e Emerson chutou
para o gol: 1 a 0.
As coisas estavam bem complicadas.
A lesão no
músculo posterior da coxa direita de Zé Roberto, ainda no início,
deixou o time com uma saída de trás ainda mais deficitária.
Guilherme
Biteco não conseguiu compor de forma satisfatória o lado esquerdo do
meio-campo e foi substituído por Vargas no segundo tempo.
As
chances eram só na bola parada, todas cobradas por Elano.
Aos 13min
Riveros cabeceou na trave.
No contra-ataque, Guerrero quase ampliou.
Mas
o pior parecia decretado.
E justamente da forma que o Grêmio tinha como
arma: a bola parada.
Aos 35min, após cobrança de escanteio, Paulo André
cabeceia e Pato, em cima da linha, empurra para o gol.
Triste fim de
uma crônica de morte longe de casa já anunciada pelo mau retrospecto na
temporada.
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